Economia

Dólar e Ibovespa avançam com inflação no Brasil e negociações entre EUA e China

IPCA avança 0,26% em maio, abaixo das expectativas do mercado; Trump diz que não negociará sobre guerra comercial se Pequim 'não se abrir comercialmente'

Por Leticia Yamakami SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 10 jun 2025, 18h01 - Publicado em 10 jun 2025, 17h08

EUFORIA - A bolsa em São Paulo: o número de investidores dobrou na crise - — Ibovespa (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Nesta terça-feira, 10, o dólar fechou em alta de 0,14%, cotado a 5,57 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,54% no fechamento de mercado, aos 136.436 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram em meio à divulgação do resultado da inflação em maio no Brasil e às negociações entre Estados Unidos e China em relação às tarifas comerciais iniciadas pelo presidente Donald Trump.

No cenário doméstico, as atenções se voltam à divulgação da inflação de maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,26% no mês, ritmo menor do que a aceleração de 0,43% registrada em abril e abaixo da expectativa de 0,32% de analistas. A desaceleração dos preços dos alimentos foi um dos principais pilares que influenciou o resultado. Com isso, o bom humor dos investidores influência na alta do principal índice do mercado de bolsas brasileiro.

Somado a isso, o mercado ainda digere os desdobramentos das medidas alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) acordadas entre o Ministério da Fazenda e o Congresso. O pacote de ajuste fiscal inclui novos aumentos de tributos para bets, fintechs e títulos que hoje são isentos – as LCAs e LCIs. Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o pacote ao presidente Lula para que as novas medidas sejam aprovadas. “Ele [Lula] gostou muito do processo de negociação. Ele recebeu dos líderes um depoimento de que a reunião de domingo foi histórica”, disse Haddad à imprensa na saída do Palácio da Alvorada.

No exterior, a agenda econômica é fraca. O destaque do dia continuou sendo as negociações entre Estados Unidos e China em relação à guerra comercial travada por Donald Trump. Em evento sobre novos investimentos nos EUA, o republicano afirmou a jornalistas que as negociações estão “indo bem com a China, mas eles não são fáceis”. Segundo Trump, ele não vai fechar acordos com Xi Jinping, presidente do país asiático, se Pequim “não se abrir comercialmente”.