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O fotógrafo das estrelas ganha homenagem em livro com imagens raras 4c72o

Obra organizada por Carlos Leal celebra o legado de Antonio Guerreiro com retratos de personalidades como Caetano, Nelson Rodrigues e Gal Costa 5zq5d

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jun 2025, 12h34

Nos anos 1970 e 1980, era difícil encontrar uma figura proeminente da cultura brasileira que não tivesse ado pela lente de Antonio Guerreiro. Conhecido como “o fotógrafo das estrelas”, ele se destacou por criar retratos que iam além da estética: suas imagens buscavam captar a essência dos retratados, numa época em que liberdade de expressão era restrita e o país vivia sob regime autoritário. Seu estúdio no Rio de Janeiro, frequentado por nomes como Leila Diniz, Caetano Veloso, Gilberto Freyre e as Frenéticas, funcionava como um reduto artístico, onde a ousadia e a sensualidade conviviam com a resistência política e cultural.

Rita Lee em clique de Antonio Guerreiro: irreverência e leveza marcam o retrato da cantora, captada no auge da liberdade criativa dos anos 1970
Rita Lee em clique de Antonio Guerreiro: irreverência e leveza marcam o retrato da cantora, captada no auge da liberdade criativa dos anos 1970 (Antonio Guerreiro/Reprodução)

Agora, parte dessa produção é reunida no livro Antonio Guerreiro – Portraits, organizado por Carlos Leal e publicado pela Barléu Edições. A obra traz dezenas de retratos e textos assinados por nomes como o fotógrafo Bob Wolfenson, que foi assistente de Guerreiro nos anos 1970, o cineasta Luiz Carlos Lacerda e a irmã do fotógrafo, Fernanda Brito Ferreira Neves. Juntos, os relatos e imagens ajudam a compor um panorama da trajetória de Guerreiro, desde o início como fotógrafo de socialites até sua consolidação como um dos grandes nomes da fotografia brasileira.

Antonio Guerreiro
Zezé Motta fotografada por Antonio Guerreiro: força, elegância e presença em um retrato que sintetiza o brilho da atriz e cantora nos palcos e nas telas. (Antonio Guerreiro/Reprodução)
Leila Diniz e Betty Faria em momento de afeto e liberdade na praia, registradas por Antonio Guerreiro: um retrato da ousadia e da transgressão dos anos 1970.
Leila Diniz e Betty Faria em momento de afeto e liberdade na praia, registradas por Antonio Guerreiro: um retrato da ousadia e da transgressão dos anos 1970. (Antonio Guerreiro/Reprodução)
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Além de seu domínio técnico — notadamente no uso da luz, comparado por alguns à pintura de mestres como Rembrandt e Caravaggio — Guerreiro se destacava pela construção de cenas intimistas, nas quais modelos e artistas pareciam à vontade, mesmo em poses ousadas. Suas fotos de Sandra Bréa, Sônia Braga, Maria Bethânia e Nelson Rodrigues não apenas ilustraram capas de revistas e álbuns, mas também registraram com sensibilidade uma geração que desafiava padrões e se afirmava por meio da arte.

Vinicius de Moraes por Antonio Guerreiro: olhar contemplativo e gesto informal capturam a intimidade e a densidade do poeta em um raro momento de pausa.
Vinicius de Moraes por Antonio Guerreiro: olhar contemplativo e gesto informal capturam a intimidade e a densidade do poeta em um raro momento de pausa. (Antonio Guerreiro/Reprodução)

Embora tenha enfrentado a censura em diferentes momentos da carreira, o fotógrafo manteve-se atuante até os últimos anos de vida. Guerreiro morreu em 2019, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de câncer. O livro lançado agora não se propõe a encerrar sua história, mas a ampliá-la — oferecendo ao público uma amostra de seu olhar e reafirmando sua importância para a memória visual do país.

Antonio Guerreiro em autorretrato: charme, irreverência e a câmera sempre à mão — marca registrada do fotógrafo que eternizou uma geração de artistas brasileiros.
Antonio Guerreiro em autorretrato: charme, irreverência e a câmera sempre à mão — marca registrada do fotógrafo que eternizou uma geração de artistas brasileiros. (Antonio Guerreiro/Reprodução)
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