O argumento de Motta que fez o PT abrir mão da relatoria da LDO 555x5b
Centrão não queria alguém do PT no cargo por entender que o partido faria tudo que o governo quisesse em relação ao Orçamento. 71p6u

Pressionado por lideranças do Centrão, o presidente da Câmara, Hugo Motta, chamou o líder do governo, José Guimarães, e os deputados Carlos Zarattini e Odair da Cunha para convencer os petistas a abrirem da relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
No ano ado, o posto foi uma das condições impostas pelo PT para embarcar na base de apoio a postulação de Motta ao comando da Mesa Diretora da Casa. Na época, Odair liderava a bancada petista. Ele sempre foi próximo do deputado do Republicanos e se tornou um dos principais fiadores de suas pretensões.
A adesão contribuiu para que uma série de outras legendas endossassem a candidatura do paraibano.
Para evitar ser acusado pelo partido de estar quebrando um acordo selado antes de sua vitória, Motta chamou os três petistas para uma conversa. Lindbergh Farias, o atual líder do PT, não foi convidado.
O entendimento é que ele não fazia parte do acordo fechado no ano ado.
Na conversa, Motta explicou aos três que estava muito pressionado pelo Centrão a substituir Zarattini, que seria o relator da LDO, atendendo a promessa de campanha.
Pontuou que o contexto não contribuía para ele ignorar a pressão: desde que o governo enviou o decreto do aumento do IOF, a crise com o Legislativo escalou novamente.
As siglas de centro não queriam alguém do PT no cargo por entenderem que o partido faria tudo que o governo quisesse em relação ao Orçamento.
Diante disso, o chefe da Câmara perguntou aos petistas por qual relatoria eles trocariam. Foi neste momento que optaram por pegar a relatoria da MP do pacote fiscal, considerada neste momento pela legenda mais importante para o governo.