Conversão de pastagens evitaria 3,5 bi de toneladas de CO², diz Itaú BBA 6c6a2v
Além de evitar a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, a conversão de milhões de hectares ampliaria a capacidade produtiva nacional 1f4b4v

Um estudo conduzido pelo Itaú BBA apontou que o Brasil tem grande potencial para ampliar sua produção agrícola sem necessidade de avançar sobre novas áreas de vegetação nativa. Cada hectare convertido representa um hectare a menos que poderia ser desmatado.
Nessa premissa, a organização estima que, ao evitar a abertura de 28 milhões de hectares, o país pode deixar de emitir até 3,5 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente.
Lançado em 2019, o programa Reverte, iniciativa da Syngenta da qual o Itaú BBA é parceiro financeiro, busca viabilizar a conversão técnica e financeira de pastagens degradadas em áreas produtivas.
O processo, no entanto, necessitaria de um investimento milionário. Segundo um relatório do banco, para converter os 28 milhões de hectares seriam necessários 482,6 bilhões de reais, considerando a implantação completa, com maquinário e infraestrutura. Caso se leve em conta apenas insumos e operações em propriedades já equipadas com máquinas e benfeitorias necessárias, o valor cai para 188,7 bilhões.
Além de evitar a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, a conversão de 28 milhões de hectares ampliaria a capacidade produtiva nacional. Em relação à soja, haveria um aumento de 59% sobre os 47,5 milhões de hectares atualmente cultivados, ou seja, mais de 100 milhões de toneladas de soja adicionais.
Outro impacto relevante apontado pelo estudo do Itaú BBA é a valorização fundiária das áreas, que pode alcançar R$ 904 bilhões. Além disso, a elevação da produção de grãos tende a gerar externalidades positivas, como o aumento da competitividade da cadeia de proteínas animais, a intensificação da pecuária de corte e a maior oferta de biocombustíveis.