Ministros e defesa de Bolsonaro divergem sobre avaliação do interrogatório 5h5k18
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Um dia depois dos interrogatórios da primeira leva de acusados o caso do golpe de estado, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram avaliações opostas sobre o resultado dos depoimentos. De um lado, os advogados de Bolsonaro disseram que ele respondeu a todos os questionamentos com clareza e conseguiu mostrar que seria vítima de uma perseguição política.
De outro, ministros do Supremo que conversaram reservadamente com o colunista Matheus Leitão, de VEJA, avaliam que o ex-presidente acabou confessando vários pontos-chave das acusações contra ele. Bolsonaro é acusado do crime de golpe de estado, que pode ser punido mesmo que não tenha produzido o resultado supostamente planejado.
Enquanto isso, no Congresso, as duas maiores bancadas, que são o União Brasil e o Progressistas, anunciaram uma ofensiva contra o aumento de impostos proposto pelo Ministério da Fazenda, que deve sair por medida provisória ainda nesta quarta. Os dois partidos têm 109 deputados e 14 senadores e podem dificultar muito a agenda do governo no Congresso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara nesta tarde, onde protagonizou um bate-boca com os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira e Carlos Jordy.
O Supremo pode formar maioria ainda hoje para julgar o artigo 19 do Marco Civil da internet inconstitucional. A retomada do julgamento, que começou de manhã, pode mudar a forma como as redes sociais são responsabilizadas pelos conteúdos publicados pelos seus usuários. Hoje, as plataformas só podem receber sanções se desobedecerem ordens judiciais. O governo federal, através da AGU, tem pressionado o STF para aumentar a responsabilidade das plataformas.